Nenhum soneto

Mestres retiram de ti os teus tatos infantis
São sonhadores impotentes e definitivos
Livuzia... não se usaria essa palavra e fim?
Não tive mestres, uso sem ter nenhum motivo.

Os tropeços e os grunhidos que me visto
Cambaleante, calças-curtas em motim
As palavras pequenas grades em que trisco
Quarto obscuro de desordem, enfim...

Trocaria desajeitos que me ferem
Desejaria pôr então outras palavras
Só depois de lograda a experiência

E conhecendo, assim, obra de mestre
Inconteste às volúpias que me lavram
Não me arrisco a terminar este poema.

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Paulo Tiago dos Santos

Nascido em Vitória da Conquista, "carrega água na peneira" desde pequeno, de 1900 e... esqueci...

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